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quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Textos com interpretação 5º ano

PROFESSORA FATINHA: Português

Retrocesso
O visitante estranhou porque, quando o levaram para conhecer a sala de aula do futuro, não havia uma professora-robô, mas duas. A única diferença entre as duas era que uma era feita totalmente de plástico e fibra de vidro — fora, claro, a tela do seu visor e seus componentes eletrônicos —, e a outra era acolchoada. Uma falava com as crianças com sua voz metálica e mostrava figuras, números e cenas coloridas no seu visor, e a outra ficava quieta num canto. Uma comandava a sala, tinha resposta para tudo e centralizava toda a atenção dos alunos, que pareciam conviver muito bem com a sua presença dinâmica, a outra dava a impressão de estar esquecida ali, como uma experiência errada.
O visitante acompanhou, fascinado, uma aula como ela seria num futuro em que o computador tivesse substituído o professor. O entendimento entre a máquina e as crianças era perfeito. A máquina falava com clareza e estava programada de acordo com métodos pedagógicos cientificamente testados durante anos. Quando não entendiam qualquer coisa as crianças sabiam exatamente que botões apertar para que a professora-robô repetisse a lição ou, em rápidos segundos, a reformulasse, para melhor compreensão. (As crianças do futuro já nascerão sabendo que botões apertar.)
— Fantástico! — comentou o visitante.
— Não é? — concordou o técnico, sorrindo com satisfação.
Foi quando uma das crianças, errando o botão, prendeu o dedo no teclado da professora-robô. Nada grave. O teclado tinha sido cientificamente preparado para não oferecer qualquer risco aos dedos infantis. Mesmo assim, doeu, e a criança começou a chorar. Ao captar o som do choro nos seus sensores, a professora-robô desligou-se automaticamente. Exatamente ao mesmo tempo, o outro robô acendeu-se automaticamente. Dirigiu-se para a criança que chorava e a pegou no colo com os braços de imitação, embalando-a no seu colo acolchoado e dizendo palavras de carinho e conforto numa voz parecida com a do outro robô, só que bem menos metálica. Passada a crise, a criança, consolada e restabelecida, foi colocada no chão e retomou seu lugar entre as outras. A segunda professora-robô voltou para o seu canto e se desligou enquanto a primeira voltou à vida e à aula.
— Fantástico! — repetiu o visitante.
— Não é? — concordou o técnico, ainda mais satisfeito.
— Mas me diga uma coisa... — começou a dizer o visitante.
— Sim?
— Se entendi bem, o segundo robô só existe para fazer a parte mais, digamos, maternal do trabalho pedagógico, enquanto o primeiro faz a parte técnica.
— Exatamente.
— Não seria mais prático — sugeriu o visitante — reunir as duas funções num mesmo robô?
Imediatamente o visitante viu que tinha dito uma bobagem. O técnico sorriu com condescendência.
— Isso — explicou — seria um retrocesso.
— Por quê?
— Estaríamos de volta ao ser humano.
E o técnico sacudiu a cabeça, desanimado. Decididamente, o visitante não entendia de futuro.

Luís Fernando Veríssirno. In Nova Escola. São Paulo. Abril, out. 1990. p. 19.

Explorando o texto:
Responda de acordo com o texto:
a. Quais as características das professoras descritas no texto?
b. Segundo o autor do texto, como seria a aula do futuro?
c. Na aula do futuro, como agiriam os alunos quando tivessem alguma dúvida?
d. O que aconteceu quando a criança machucou-se no teclado?
e. Na sua opinião, qual a razão de ter duas professoras-robô para atender aos alunos?
f. A professora de plástico e fibra de vidro satisfazia que tipo de necessidade das crianças? Por quê?
g. Qual era a função da professora acolchoada?
h. Na sua opinião, por que seria um retrocesso reunir todas as funções da professora numa máquina apenas?

1. Na sua opinião, a professora-robô é diferente das professoras que você conhece? Por quê?
2. Numere as frases de acordo com a ordem de acontecimentos do texto:
( ) Uma das crianças prendeu o dedo no teclado.
( ) O visitante estranhou, quando o levaram para conhecer a sala de aula, havia duas professoras.
( ) O aluno que machucou o dedo começou a chorar.
( ) O técnico sacudiu a cabeça desanimado.
( ) A segunda professora voltou para o seu canto e se desligou, enquanto a primeira voltou a dar aula.
( ) O visitante viu que dito uma bobagem.
( ) O visitante acompanhou uma aula do futuro.

3. Marque com X as palavras que você usaria para caracterizar a “professora_robô”, que explicava a matéria para as crianças.
( ) impaciente ( ) simpática ( ) carinhosa ( ) eficiente
( ) gentil ( ) impessoal ( ) objetiva

4. Marque com X a resposta correta:
O significado de retroceder é:
( ) realizar alguma coisa
( ) melhorar o ensino.
( ) voltar para trás
( ) nenhuma das respostas.


Biografia de um sapato velho
Os técnicos da fábrica acabaram descobrindo o que queriam há anos. Descobriram um tênis muito bom, com sola reforçada de náilon,bem incrementado e com almofadas por dentro. Depois de feito, o tênis foi para uma loja no Shopping Center.
Meu único problema era que eu era muito caro: 62 mil. Naquela caixa fiquei pensando quanto tempo teria de ficar ali, preso como um ladrão.
Passavam várias pessoas, a maioria delas gostava de mim, mas vendo o preço logo desistia.
Até que um dia minha caixa foi aberta e eu vi Joaquim Cruz na minha frente. Gostou de mim e perguntou qual era o preço. Fiquei pensando: pronto já não vai mais me comprar.
Mas a surpresa:
- Tudo bem, o tênis que eu costumava comprar era bem mais caro.
E eu fui comprado. Logo fui posto no guarda-sapatos e lá fiquei muito tempo e comecei a pensar: nem adiantou ele me comprar,ele não me usa.
Mas no meio do pensamento fui posto em uma mala. Quando cheguei ao destino já estava meio sufocado. Quando me tiraram da mala fiquei muito feliz e fui posto em um pé. Logo entrei num carro. Quando o carro estacionou, eu vi um grande estádio. Quando ele entrou no estádio muitas pessoas estavam lá.
Pisei num chão de terra e meu dono fez uma postura estranha.
Quando escutei o tiro de largada é que percebi que estava em uma corrida. A corrida toda fiquei em segundo: só no fim fiquei em primeiro e venci.
De repente vi que estava subindo em um pódio e vi meu dono recebendo uma medalha de ouro das Olimpíadas. Fiquei muito orgulhoso de ter sido tênis de um campeão olímpico.
Com o tempo, fui usado em várias corridas, acabei ficando velho e indo para o lixo.
Tiago Trajan, 8 anos
Compreensão do texto:
Responda as questões:
1. Quantos parágrafos tem o texto?
2. Em que pessoa está escrito o texto que acabou de ler?
3. Por que ninguém comprava o tênis?
4. Quando o tênis se sentiu orgulhoso? Por quê?
5. Retire do texto:
a. três verbos:
b. três adjetivos:

Gramática e Ortografia
1. Transforme os substantivos em adjetivos:
a. bondade: ______________________ c. mole: ________________________
b. belo: __________________________ d. vaidade: ______________________

2. Explique porque as palavras português – chinês – camponês terminam com ês:
3. Dê o significado das palavras a seguir e escreva uma frase para cada uma delas:
Sexta:
Cassar:

4. Complete as palavras com ç – ss – s – sc – c :
dire ____ ão po ____ ível apre ____ ado pa ____ ivo
impre ____ ionar corre ____ ão elei ____ ão anoite____er
de ____er compreen ____ ao

5. Complete as frases com os verbos de acordo com o tempo indicado entre parênteses:
a. No final de semana eles ______________ um cartão de Natal. (escrever – futuro)
b. Durante a aula eles _______________ um texto sobre a Amazônia. (ler – passado)
c. Laura e Valéria __________________ de Santos amanhã. (sair – futuro)
d. Eles ______________ um durex na mesa. (encontrar – passado)

6. Agora, descubra o tempo verbal e complete as frases com o verbo entre parênteses:
Paulo ______________ hoje a tarde. (chegar)
Francisco ____________ ontem. (chegar)
O pai _____________ a mãe. (amar)
Os artistas _____________ no baile no próximo fim de semana. (cantar)

7. Passe para o plural:
a. Eu estava comendo uma maçã.
b. A jovem estava temerosa com aquela aparição.
c. O cidadão pagou o imposto.
d. O burguês teve uma longa conversa.

8. Passe para o singular:
Fomos ao parque ontem.
As meninas tiveram dificuldades em resolver os problemas de matemática.
As provas estão muito fáceis.
Aqueles foram os dias mais felizes da minha vida.

O VELHO BURRINHO

Certa vez, uns homens tinham de fazer uma longa viagem e havia muita carga para ser levada pelos burros.
Resolveram, então, deixar que cada burro escolhesse o que queria carregar. O mais velho dos burros, que foi o primeiro a escolher, decidiu carregar o balaio maior, o mais pesado de todos, aquele que levava a comida dos homens. Os outros burros caíram na risada:
¾ Mas que burro! Quanto mais velho, mais burro...
E lá se foi o burrinho velho com todo aquele peso às costas e, ainda por cima, ouvindo a gozação dos companheiros.
Mas, à medida que a viagem seguia, a cada parada os homens serviam-se da comida do balaio do velho burro. Assim, em poucos dias, andava ele muito feliz e folgado, com seu balaio quase vazio. Enquanto isso, os outros burros ainda suavam com o peso de suas cargas, que não tinham diminuído nem um pouquinho!
Pedro Bandeira.

1. Leia o texto e responda:
a. No início da viagem, os burros mais novos fizeram gozação com o mais velho. Por quê?
b. Quem levou a melhor no final da viagem? Explique.
c. O que você acha que este texto pode ensinar para as pessoas?

2. Separe as sílabas e classifique as palavras em monossílabas, dissílabas, trissílabas ou polissílabas:
a. homens:
b. pássaro:
c. comida:
d. primeiro:
e. velho:

3. Acentue corretamente:

lampada cafe palacio parabens

agua açucar ambulancia tambem

4. Complete com M ou N:
ja ____ tar bo ____ ba
ta ____ bor ca ____ tor

5. Ordene as sílabas e forma palavras:
a. LAI O BA:
b. DO SA PE:
c. ROS PA COM NHEI:
d. DA MI CO:
e. AS RI DA:

O nascimento da noite
Assim falou o pajé Itamotinga:
- Bom, Curumim, todas as coisas têm sua história. Mas houve um tempo no princípio dos tempos em que não existiam todas as coisas, nem o mundo existia.
Coaraci brilhava o tempo todo e ninguém dormia, pois era sempre dia. Bicho também não existia. Pedra falava, árvore falava e até rio falava.
Bom. Nesse tempo, a filha da Cobra Grande, uma cunhã bonita, casou com um guerreiro valente. O moço tinha três índios que serviam a ele o tempo todo.
Bom. O guerreiro tinha sono, disse para a cunhã dormir com ele. A cunhã falou que só podia dormir com a chegada da noite. E que o pai dela tinha a noite guardada. E que mandasse buscar na casa dele.
Daí, o guerreiro chamou os três índios. Disse para pegar a canoa e ir na casa da Cobra Grande.
Eles foram. Canoa no rio, deslizando. Canoa parando. Índios jogando pedrinhas dentro do rio, no lugar marcado, onde morava a Cobra Grande. Cobra Grande aparecendo com coco tucumã na mão. Cobra Grande recomendando cuidado com o coco. Coco é muito perigoso!
O coco estava fechado com resina de árvore. Eles não podiam abrir o coco. Índios voltando na canoa. Coco fazendo barulhinho. Índios muito curiosos, querendo fazer buraquinho para espiar. Índios fazendo fogueirinha na canoa. Coco perto da fogueira. Resina derretendo. A noite fugindo do coco e o mundo todo ficando preto.
Bom. A cunhã dormiu com o guerreiro dentro da noite. A noite tinha magia, foi virando todas as coisas em bichos. Pedra do rio virando peixe. Árvore virando paca, tatu. Galhos virando tuim, bem-te-vi, arara...
Bom. Daí a nove luas, nasceu o filho da cunhã com o guerreiro.
E o tempo do mundo ficou dividido em dois: dia e noite.
Coaraci brilha no claro. Jaci brilha no escuro.
(Nana Nenê, Sonia Robatto, Editora Globo, 1993.)

Leitura e Interpretação
1. Qual é o título da história?
2. Qual é a autora da história?
3. Quem são as personagens da história?
4. Por que a cunhã não conseguia dormir?
5. O que havia dentro do coco da Cobra Grande?

Gramática e Ortografia
1. Retire do texto “O nascimento da noite.”:
a. Três verbos de ação:
b. Três verbos de estado:

2. Relacione corretamente:
(a) Discurso Indireto ( ) Quando a fala da personagem é contada pelo narrador.
(b) Discurso Direto ( ) Quando a própria personagem conta sua história.

3. O pretérito é o tempo verbal que é utilizado quando os fatos contados já aconteceram. Escreva três frases com os verbos abaixo no tempo pretérito:

a. cantar:
b. comer:
c. sumir:

4. O presente é o tempo verbal que é utilizado quando os fatos contados estão acontecendo nesse exato momento. Escreva três frases com os verbos abaixo no tempo presente:

a. dançar:
b. beber:
c. dormir:

5. O futuro é o tempo verbal que é utilizado quando os fatos contados ainda não aconteceram. Escreva três frases com os verbos abaixo no tempo futuro:

a. escudar:
b. morrer:
c. dividir:



Na ponta do nariz

Tiago chateado chegou perto da mãe, dizendo que estava com um problema muito grave e justo no dia em que Daniela, a menina mais bonita da turma ia visitá-lo. Dona Iara tentou acalmá-lo, explicando que muitos garotos já passaram pelo mesmo problema.
Quando a mãe, dando por resolvido o problema, ia se afastando, Tiago voltou à carga:
- Se a senhora pensa que está me convencendo, enganou-se. E não vá saindo de mansinho, que meu problema ainda não está resolvido.
Ela quase riu. Disposta a continuar a conversa com o filho, dona Iara aproximou-se dele:
- Está bem, Tiago. Vamos resolver seu problema!
- Como?
- Não sei. Talvez passando um pó... ou algo parecido.
- Você está louca?
- Um pedaço de esparadrapo ou band-aid.
- Ficou pior.
- Quer que eu te leve ao médico?
- Também não é tão grave assim!
- Que tal pegar um lençol e fazer dois furos?
- Gozação, mãe? Eu tô sofrendo!
Ela não respondeu. Silêncio. Momento de decisão.
- Você quer que eu resolva? (mostrando os polegares) Resolvo já. Venha cá e pare com isso de uma vez!
Nesse momento, um som estridente de campainha invadiu o cômodo onde conversavam, interrompendo-os.
- Chiii... É ela!
Silêncio.
De novo a campainha irritante.
- Quer que eu vá lá e diga que você não está?... Que você não está bem e não pode fazer o trabalho?...
Ele arregalou os olhos e respondeu apressadamente:
- De jeito nenhum! Por nada deste mundo!
Em seguida foi ao banheiro, aproximou-se do espelho e mirou-se desanimado. Seu rosto redondo, cheio de saúde, apareceu refletido no cristal. E ali, bem na ponta de seu nariz, bem vermelha, redonda e exibida, uma enorme e primeira espinha a enfeitar-lhe a extremidade. Feito um vulcãozinho colorido; na ponta da estufada e redonda espinha vermelha, uma pontinha amarela. Bonita até, se não fosse no nariz dele.
Tiago respirou fundo, acariciou levemente a saliência e saiu em direção à porta.
- Com espinha ou sem espinha, lá vou eu.
E foi. Carregando consigo seu enorme problema, uma primeira e saliente espinha na ponta do nariz. Junto do problema, uma grande delícia: fazer um trabalho de classe com a menina mais querida da turma.
Edson Gabriel Garcia. Meninos e meninas; emoções, sentimentos e descobertas. São Paulo, Loyola, 1992.

Compreensão do texto:
1. Quem são as personagens da história? (0,6)
2. O que havia de diferente no corpo de Tiago? (0,6)
3. Por que Tiago se preocupou tanto? (0,6)
4. Assinale a alternativa correta de cada item: (1,0 – 0,5)
a. “Quando a mãe, dando por resolvido o problema, ia se afastando, Tiago voltou à carga”.
A expressão em destaque, no trecho acima, significa:
( ) Tiago recomeçou a falar sobre o mesmo assunto.
( ) Tiago voltou e pegou algo pesado.
( ) Tiago começou a chorar.
( ) Tiago resolveu espremer a grande espinha.
( ) Todas as alternativas estão corretas.

b. “Tiago respirou fundo, acariciou levemente a saliência e saiu em direção à porta”.
Respirar fundo, no trecho acima, significa:
( ) Encher os pulmões de ar.
( ) Criar coragem.
( ) Prender a respiração.
( ) Pensou muito.
( ) Todas as alternativas estão erradas.

5. O que fez com que Tiago enfrentasse o problema? (0,6)

6. Na frase “Ele arregalou os olhos e respondeu apressadamente:”, as palavras sublinhadas são: (0,6)
a. substantivo e verbo.
b. adjetivo e verbo.
c. substantivo e adjetivo.

Gramática e ortografia

1. Escreva descrição ou narração: (0,5 – 0,25)
a. Texto que possui uma seqüência de fatos, revelando um acontecimento num determinado tempo.
b. Texto que mostra as características de um ser que podem estar relacionadas ao aspecto físico ou modo de ser.


2. Escreva se os trechos abaixo são descritivos ou narrativos: (0,8 – 0,2)
a. “Seu rosto redondo, cheio de saúde,...”
b. “Dona Iara tentou acalmá-lo, explicando que muitos garotos já passaram pelo mesmo problema.”
c. “Disposta a continuar a conversa com o filho, dona Iara aproximou-se dele.”
d. “Feito um vulcãozinho colorido, na ponta da estufada e redonda espinha vermelha, uma pontinha amarela.”

3. Leia os verbetes abaixo e circule o significado adequado para cada contexto abaixo: (0,6 – 0,3)
a. No final, o mocinho sempre vence.
mocinho – sm.1.Diminutivo de moço. 2. herói de histórias ou filmes que enfrenta bandidos e acaba vencendo.
b. Sessenta pessoas preencheram o formulário médico.
formulário – sm.1. Documento que deve ser preenchido. 2. Livro de fórmulas .

4. Escreva V para verdadeiro e F para falso: (0,6 – 0,15)
No dicionário:
( ) descobrir vem antes de descer.
( ) terminar vem antes de terremoto.
( ) grave vem depois de grana.
( ) barato vem antes de banho.

5. Leia o verbete abaixo:

COSCORÃO – s.m. 1. Bolo de farinha e ovos, frito com azeite e passado por calda de açúcar. 2. Sonho (doce). 3. Casca de ferida.

a. O que significa a sigla s.m.? (0,3)
b. O que indicam os números 1, 2 e 3? (0,35)

6. Ligue corretamente: (0,6 – 0,2)

Adjetivos* * palavras que dão nome às coisas, elementos da natureza,
objetos,sentimentos e tantos outros.

Verbos* * conferem aos substantivos qualidades positivas ou negativas.


Substantivos* * indicam movimento, mudança de alguma situação.

7. Circule com lápis azul os adjetivos e com rosa os substantivos: (0,65 – 0,05)
a. O cafezinho está quente e gostoso.
b. Aquela pequena menina é bondosa.
c. O portão vermelho está estragado.
d. Meu anel é novo, brilhante e muito bonito.

8. Marque as frases que têm verbos: (0,8 – 0,2)

( ) Que notícia maravilhosa!
( ) Mamãe fez bolinhos.
( ) O cavalo galopa no pasto.
( ) Meu time é campeão.
( ) Até que enfim!
( ) Bravo! Bravo!
( ) Vocês são irritantes.
( ) Ah! Que delícia!

9. Reescreva as frases substituindo as palavras em destaque por um sinônimo: (0,4 – 0,1)
a. Gosto de ficar em minha moradia sozinha.
b. Mamãe utiliza o avental na cozinha.

10. Reescreva as frases substituindo as palavras em destaque por um antônimo: (0,4 – 0,1)
a. A ida ao exterior foi maravilhosa!
b. Ela ficou triste com aquele monte de mentiras que ouviu de seu inimigo.

1. Leia o texto:
Como os cães e os homens se tornaram companheiros?

Alegres, companheiros e bonitinhos, os cães acompanham o homem há milhares de anos. Mas você já parou para pensar por que a gente se dá tão bem com esse parente de lobos e raposas?
Para saber, é preciso imaginar como era a vida antigamente. Há mais ou menos 12 mil anos, as pessoas precisavam caçar para comer. Claro que os cachorros também.
Os cães perceberam que, se não atacassem, podiam ficar perto dos homens e comer a comida que sobrava. E foram se aproximando. Aos poucos, os homens descobriram também que podiam ter a ajuda dos cães para caçar.
Um colaborava com o outro e a parceria deu certo. Mesmo quando não precisavam caçar, os homens continuaram pedindo a ajuda dos cães. Eles cuidavam de rebanhos de vacas e ovelhas, tomavam conta da casa e eram ótimos companheiros.
Revista Recreio, n.52, 8/3/2001
Agora, responda:a. Qual é o assunto abordado no texto?b. Os cães são parentes de que outros animais?c. Segundo o texto, como os cães colaboravam com os homens?Gramática e Ortografia
1. Complete as lacunas com as palavras de sentido correto.a. A onça decidiu ____________________ o macaco. (cassar, caçar)b. Perdi a primeira ____________________ do cinema. (sessão, seção)c. O cavalo do príncipe tinha uma ____________________ enfeitada. (sela, cela)d. Os motoristas demoram a chegar em casa quando o _______________ é intenso.(tráfico, trafego)2. Dê o feminino ou o masculino de:a. Calabresa:b. Chinês:c. Princesa:d. Inglês:3. Circule e escreva os adjetivos das frases abaixo:a. Carol era muito criativa em suas atividades.b. Aquele cachorro esperto brinca com todos.c. As rosas do jardim são delicadas e perfumadas.d. Paulo tem uma personalidade imprevisível e generosa.4. Responda às questões abaixo. Com as palavras encontradas, complete a cruzadinha: (1,5 – 0,125)1. Material usado para fazer saco de lixo.2. Fruta usada para fazer laranjada.3. Material usado pelo pintor, além da tinta.4. Cor do céu.5. O que mais se vende na pastelaria.6. Refeição que fazemos por volta do meio-dia.


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A  CASA  DO  PESADELO

           A estrada pela qual eu seguia em meu carro deu num campo aberto, deixando o bosque para trás.
     O sol estava se pondo. A fazenda mais próxima tinha um caminho cinzento que a ligava à estrada.
     Acelerei o carro para chegar o quanto antes à casa e entender o que estava acontecendo, mas corri demais: meu carro derrapou e se estabacou contra uma árvore.
     Levantei-me sem maior dificuldade e fui examiná-lo. Ficara imprestável. Já era quase noite e eu já começava a ficar aflito quando apareceu um garoto correndo pelo caminho da casa. Vestia, como era típico do lugar, uma camisa marrom aberta no peito. Tinha uma expressão que me incomodava um pouco, porque seu lábio era rasgado. Quando chegou ao local do acidente, ele não disse nada, mas logo lhe perguntei:
     - Onde fica a oficina mais próxima?
     - A oito milhas daqui, senhor. – respondeu com uma péssima pronúncia, por causa do defeito no lábio.
     Como a noite já estava caindo, pedi-lhe:
     - Posso passar a noite em sua casa?
     - Claro, se o senhor quiser. Mas a casa está bem desarrumada, porque papai não está e mamãe morreu há três anos. Tem pouca comida.
     - Não tem importância. Trouxe algumas provisões. – retruquei e fomos juntos à sua casa.
     No caminho até a sua casa senti uma brisa estranha, um cheiro de vegetação desagradável. Ao chegar vi que tudo estava mesmo muito largado.
     O garoto me instalou amavelmente num quarto pegado à entrada. Como não havia luz na casa toda, peguei três velas na minha mala. Serviram-me para iluminar meu quarto e a cozinha. Mal me acomodei, acendi a lareira e comecei a preparar o jantar com o que trazia. O garoto comentou que já havia jantado e não estava com fome. Achei estranho para um garoto da sua idade, ainda mais com aquele aspecto de quem passava necessidades, mas eu não quis dizer nada. Aproximou-se do fogo e pôs-se a aquecer as mãos.
     - Está com frio? – perguntei.
     - Sempre estou.
     Aproximou-se tanto das chamas da lareira que temi fosse se queimar, mas ele parecia não sentir o fogo. Preparado o jantar, pus a mesa na cozinha mesmo e jantei – sozinho e rápido. Conversamos um pouco, porque não era tarde, e o garoto me acompanhou à varanda. Sentou-se no chão, enquanto eu me embalava gostosamente numa cadeira de balanço.
     - O que você faz quando seu pai não está? – perguntei.
     - Nada, só deixo o tempo passar. Ninguém nunca vem nos visitar. A gente daqui diz que essa casa é mal-assombrada.
     - Você já viu algum fantasma? – perguntei intrigado.
     - Ver, eu nunca vi. Mas posso senti-los.
     De repente, senti como se um fino véu deslizasse suavemente pelo meu rosto. Levantei-me de repente.
     - Ei! Você viu? – exclamei confuso.
     - Não vi nada. O que foi?
     - Não sei... Um véu. Roçou-me no rosto – expliquei.
     - Não tenha medo. Deve ser um dos fantasmas que correm pela casa. Na certa é minha mãe. – disse ele tranquilamente.
     Naquele momento, achei que o garoto não regulava bem. Despedi-me dele, desejei-lhe boa noite e fui dormir, agora já meio desconfiado. Caí num sono profundo mas, passado um bom tempo, um sonho arrepiante me acordou. Um pesadelo terrível: ali mesmo, no meu quarto, uma enorme fera, como que um javali disforme, de presas ameaçadoras, grunhia diante de mim. Tinha uma atitude muito agressiva e pusera suas patas na cama, a ponto de pular em cima de mim.
     Acordei suando, apavorado.  Não consegui mais dormir. Quis chamar o garoto, e só então me dei conta de que não sabia seu nome. Não tinha pensado em perguntá-lo e ele não tinha se apresentado. Gritei ‘oi’ repetidas vezes, mas ninguém respondeu. Só ouvi o eco dos meus gritos entre aquelas paredes vazias. Sentia meu coração bater como se fosse sair pela boca.
     Não estava gostando nada daquilo. Resolvi então ir embora daquela casa sem perder nem mais um minuto. Para não ser mal agradecido, deixei algum dinheiro em cima da mesa da cozinha. Saí, segui a estrada a pé, decidido a encontrar a tal oficina. O sol já tinha raiado quando cheguei à primeira fazenda. Um homem veio ao meu encontro.
     Contei-lhe meu acidente de automóvel da noite anterior e ele me perguntou onde tinha passado a noite. Ao lhe explicar onde tinha dormido, olhou para mim com cara de incredulidade.
     - Como é que lhe passou pela cabeça entrar ali? Não sabe o que dizem dessa casa?
     - O garoto me levou – respondi.
     - Que garoto?
     - O do lábio rasgado – afirmei com segurança.
     Com cara de quem havia compreendido tudo, me perturbou com suas palavras:
     - Desta vez não há dúvida. Esse garoto que o levou até a casa é um fantasma. Você não sabia, não é? Ele morreu há seis meses.

( A casa do pesadelo, de Edward White. Em O grande livro do medo ) 

Atividades

1.    Leia atentamente os trechos retirados do texto acima e copie os trechos, trocando as palavras destacadas por um sinônimo. Se necessário, utilize um dicionário:

a.    “Já era quase noite e eu já começava a ficar aflito”.
R: ________________________________________________________
__________________________________________________________

b.    “...passado um bom tempo, um sonho arrepiante me acordou...”
R: _____________________________________________________
________________________________________________________

c.    Não tinha pensado em perguntá-lo”.
R: ______________________________________________________

d.    Como é que lhe passou pela cabeça entrar ali?”
R: _______________________________________________________
__________________________________________________________

2.    Leia as informações abaixo e classifique-as em V ( verdadeiras ) ou F (falsas ):

a.    O carro do narrador chocou-se contra uma árvore. (     )
b.    O menino logo ofereceu abrigo ao narrador. (     )
c.    O narrador ficou incomodado com a aparência do garoto. (     )
d.    A mãe do menino estava ocupada e não pôde receber o homem. (     )
e.    Quando o homem foi embora da casa, o menino ainda dormia. (     )
f.     O narrador teve um aterrorizante encontro com um fantasma. (     )

3.    Encontre no texto dez palavras que tenham encontro consonantal e circule-as de vermelho. Depois, encontre outras dez palavras com dígrafo e circule-as de amarelo. Anote as palavras abaixo, no local correto:
Palavras com encontro consonantal: ____________________________
____________________________________________________________________________________________________________________
Palavras com dígrafo: ________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________

4.    Agora, anote as palavras encontradas na tabela abaixo, em ordem alfabética. Em seguida, separe as sílabas:


Palavras em Ordem Alfabética
Separação de Sílabas










































5.    Quando você classificou as palavras em encontros consonantais e dígrafos, certamente utilizou critérios específicos. Explique abaixo como você fez para diferenciá-las e escolhê-las:
R: ________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

6.    O texto ‘A Casa do Pesadelo’ é um conto de terror e tem a intenção de passar o sentimento de medo para os leitores. Ao ler este tipo de narrativa, o leitor costuma se colocar no lugar do narrador e imaginar outras atitudes que teria tido ao ser ele. Escreva abaixo como você agiria nas seguintes situações sugeridas ao longo da narrativa:

a.    O que você faria após bater o carro na árvore?
R: ________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________

b.    O narrador pede abrigo ao garoto. Você teria feito o mesmo? Justifique sua resposta:
R: _______________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________

c.    O que você faria ao saber que o menino já havia morrido há seis meses?
R: ________________________________________________________
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